O Centro de Cultura Lagoa do Nado abre as portas, na próxima semana, para o espetáculo cênico “As Grandes Lonas do Céu”. A peça, que faz uma homenagem ao circo tradicional brasileiro, nasceu após vários meses de pesquisas e registros, em foto e vídeo, sobre o cotidiano de circenses. Encenada pela Companhia Candongas, o espetáculo tem texto e direção de Fernando Limoeiro e direção musical de Fernando Muzzi. A apresentação acontece no dia 24 de janeiro, sábado, às 19h30, com entrada gratuita. A promoção é da Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Fundação Municipal de Cultura e do Centro de Cultura Lagoa do Nado, que fica na Rua Ministro Hermenegildo de Barros, 904, Itapoã.
A proposta de “As Grandes Lonas do Céu” é investigar a realidade triste e, ao mesmo tempo, fantástica dos circos tradicionais, de pequeno e médio porte, geralmente mantidos por famílias circenses, que viajam o Brasil levando alegria ao povo das cidades do interior e periferias dos grandes centros urbanos. No espetáculo, a Companhia Candongas faz uma reflexão sobre o dia-a-dia desses “guerreiros do picadeiro”.
Em cena, os atores Antônio Rodrigues, Cláudia Henrique, Guilherme Théo, Gustavo Bartolozzi, Raquel Castro e Wagner Vasconcelos contam as dificuldades enfrentadas pelo Circo Teatro Mandacaru Sonhador. A história se passa no final da década de 60, no sertão nordestino, e com a chegada da televisão é preciso resgatar no público o encantamento pelo picadeiro, pelas apresentações dos palhaços, mágicos, malabaristas, além, da dança, música e dos melodramas circenses.
A peça gira em torno do palhaço Pirulito, visionário e proprietário do circo Mandacaru, na cidade de Brogotó, que luta para manter o circo vivo e com ele os sonhos de seus artistas e a alegria de seu público. Prixele, filha do severo Cabo Sessenta, sonha em seguir o destino de sua mãe e fugir com o circo. Entretanto, um segredo deixado por sua mãe está prestes a ser revelado a jovem.
No circo, Peroba – rumbeira e amante de Pirulito – também sonha em mudar de vida e conquistar o sucesso na televisão. O palhaço Rapadura e o mágico Manassés compõem com muito humor a trupe do Mandacaru Sonhador que além de todas as adversidades, precisam enfrentar o preconceito do Cabo Sessenta que odeia artistas de circo. Apesar dos problemas, é em Brogotó que os artistas do circo estreiam o melodrama “Roseiral de Luz”, cuja apresentação é cercada de surpresas e emoções.
A Companhia Candogas completa neste ano 15 anos de experiência com treze espetáculos em seu repertório. O grupo dedica-se a estudar o teatro em suas múltiplas formas e manifestações, pondo em debate os aspectos técnicos e éticos do ofício do ator. O principal objetivo é utilizar as artes cênicas como uma forma de expressão da cultura e do imaginário coletivo do homem, além de valorizar a cultura popular brasileira.
Mais informações:
Centro de Cultura Lagoa do Nado (3277-7420/3277-7321)
Cia Candogas - Gustavo (8864-2003) Fernando (9616-4313)
