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7 de abr. de 2011

Angústia - Graciliano Ramos | Pérolas da Biblioteca, eu indico





Angústia - Graciliano Ramos: Publicado em 1936, Angústia, de Graciliano Ramos, À época Graciliano estava preso pelo governo de Vargas e contou com ajuda de amigos, entre os quais José Lins do Rego, para a publicação. A obra apresenta um narrador em primeira pessoa, Luís da Silva, funcionário público de 35 anos, solitário, desgostoso da vida e que acaba se envolvendo com sua vizinha, Marina. Com traços existencialistas, Luís mistura fatos do passado e do presente, narra num ritmo frenético como um grande monólogo interior. é um dos romances mais ricos que a Literatura Brasileira produziu, pois consegue passear tanto pelo campo social, quanto pelo existencial, psicológico e até metalingüístico. Graciliano Ramos consegue explorar o caráter de denúncia social por um viés psicológico e é nesse contexto o desenvolvimento da temática abordada nesse trabalho. O leitor de Angústia certamente lembrará de Crime e Castigo, de Dostoiévski, pois em ambos há as angústias de um crime, o medo de ser pego, a febre; em Angústia o crime é o clímax, enquanto em Crime e Castigo é o ponto de partida para a história, e a personagem consegue a redenção. Outra influência marcante é a dos naturalistas brasileiros, especialmente à Aluízio Azevedo, o determinismo e a animalização do homem. O narrador não quer ser um rato, luta contra isso; compara-se o tempo todo os homens aos bichos, porcos, formigas, ratos, e usa-se verbos de animais para as reações humanas.

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