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20 de abr. de 2011

O coronel e o lobisomem - José Cândido de Carvalho | Pérolas da Biblioteca









José Cândido de Carvalho: "Não hesito em colocar “O coronel e o lobisomem” entre os melhores romances da literatura brasileira de todos os tempos." Com estas palavras, o escritor Érico Veríssimo fez o elogio do livro de José Cândido de Carvalho, quando de seu aparecimento, em 1964. O personagem Ponciano de Azeredo Furtado, narrador-coronel do título, de tão cativante, é daqueles que fazem o leitor esquecer-se de que estão lendo um romance. Passamos a acreditar que ele realmente existe, que se trata de um homem de carne e osso, um ser vivo, tal como nós. "Homem que é homem duas coisas de principal deve ter: barba grande e voz grossa. O charuto é para espantar o povinho dos empréstimos", descreve-se o coronel. Ao seu lado, nos arredores de Campos dos Goitacazes, vivemos os mais divertidos causos e as mais fantásticas aventuras, caçamos uma onça-pintada e deparamos com uma sereia. Também namoramos bastante, que o coronel é chegado "num recurvado de moça bonita". O ponto culminante da narrativa é o embate com o lobisomem: "não é qualquer um comedor de farinha que pode lidar com lobisomem, bicho de muita astúcia no atacado e no varejo".

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