'A árvore generosa' traz o clássico de 1964 que comoveu gerações com a história do amor entre uma árvore e um menino. A capa - em preto-e-branco em outros livros do autor - aqui é colorida em dois tons de verde, nos dando uma pista do caráter ecológico presente na fábula. A árvore é a amiga amorosa que dá tudo ao menino, suas folhas, seus frutos, sua sombra. O menino também ama a árvore, a grande companheira de todos os dias; sobe em seu tronco, se pendura nos galhos, brinca de esconde-esconde. Até que vai crescendo, se torna adolescente, depois adulto. E, pouco a pouco, deixa a amiga de lado. 'Estou grande demais para brincar', diz o menino, que então precisa de dinheiro para comprar 'muitas coisas'. A árvore fornece suas maçãs, para o jovem vender. Depois seus galhos, para o homem construir sua casa. E a história acompanha o passar do tempo até a velhice do homem - que até o fim, já bem velho e cansado, é chamado de menino pela árvore. Em primeiro plano, uma lição de consciência ecológica - o homem pequeno, mesquinho, frente à generosidade e a força da natureza. No entanto, a dinâmica que vemos entre o menino e a árvore mostra também a passagem do tempo e dos valores que são reavaliados com ela, numa relação de troca sincera e desinteressada - essa que o homem parece desaprender nas exigências da vida adulta.
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